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Mostrando postagens de 2017

Conflitos pessoais e deveres da realeza prendem a atenção em "The Crown"

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A realeza britânica sempre despertou a curiosidade de muita gente, especialmente em relação ao dia a dia da família real, que sempre buscou uma imagem pública de força e perfeição. Depois de mostrar a ascensão da rainha Elizabeth II ao trono do Reino Unido, a série "The Crown" volta com uma segunda temporada mais focada na humanidade dos personagens, especialmente em relação à monarca. Alternando conflitos pessoais com os desafios de estar no trono, a produção construiu episódios que prendem a atenção e já fazem dela um dos grandes destaques de 2017. A série de Peter Morgan começa a segunda temporada em meio a uma crise conjugal entre Elizabeth II (Claire Foy) e o Duque de Edimburgo (Matt Smith), que viaja para uma turnê pelo mundo. Além do sentimento de insegurança, a rainha precisa lidar com as reclamações constantes do marido, sempre incomodado por estar "à sombra" da monarca. Isso faz com que o Duque reivindique uma participação mais ativa na vida pública d

Cinco motivos para rever "Celebridade" no Vale a Pena Ver de Novo

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Não importa o tempo, a busca pela fama continua sendo uma questão em qualquer sociedade. Se antes, buscava-se o reconhecimento de capas de revistas, hoje o que se almeja é ser famoso na internet. Por conta disso, a volta de "Celebridade" ao "Vale a Pena Ver de Novo", a partir de segunda-feira (4), pode ressuscitar boas e, até mesmo, engraçadas discussões sobre o tema. Escrita por Gilberto Braga, a novela, levada ao ar entre 2003 e 2004, discute a busca excessiva pela fama, mesmo que em tempos onde as redes sociais ainda não tinham influência e as personalidades da web ainda não eram tão relevantes. Ainda que datada nesse aspecto, o folhetim ainda se mostra atual se pensarmos na relevância da discussão na busca das pessoas em se tornarem "célebres", algumas vezes a qualquer custo e sem méritos. Mas, "Celebridade" não é só um bom folhetim que retrata e até satiriza a busca pela fama. Considerada um sucesso do horário, a trama foi uma das últ

Séries boas de ouvir: Scandal

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A ideia inicial de um texto sobre as trilhas sonoras, cada vez mais caprichadas das séries, surgiu de uma consulta ao Shazam, aplicativo de smartphone que permite a identificação de músicas. Os momentos em que mais uso o Shazam acontecem quando estou assistindo séries e, em uma olhada rápida no aplicativo, percebi que 90% das canções identificadas tinham a ver com produções televisivas. À princípio, a intenção era listar cinco séries que têm trilha sonoras ótimas e que conversam com as tramas apresentadas. De cada uma delas, iria separar uma música marcante da produção e destacá-la no texto. Mas, confesso que fracassei nesse objetivo pela simples incapacidade de separar apenas uma música marcante. Diante disso, a ideia mudou e resolvi fazer uma lista (não resisto a elas) com cinco canções importantes de cada uma das séries que tinha separado. A primeira delas é, e não poderia deixar de ser, "Scandal", série que, em certa medida, também influenciou essa postagem. A tr

"House of Cards" e outras cinco séries que perderam os protagonistas

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Os últimos dias foram de turbulência para a produção de "House of Cards", um dos maiores sucessos do serviço de streaming Netflix. Em meio às acusações de assédio envolvendo Kevin Spacey, o protagonista da série, foi anunciado que a sexta e última temporada, que já estaria sendo executada, seria a última da atração. Mais acusações contra Spacey surgiram na imprensa e, exatamente um dia depois da notícia, uma nova decisão foi anunciada: a produção da última temporada de "House of Cards" estava suspensa por tempo indeterminado. O futuro da série ficou selado alguns dias depois, quando o serviço de streaming anunciou que Spacey não fazia mais parte do elenco e que todos os projetos com o ator, inclusive um filme em pós-produção, tinham sido cancelados. Com a decisão, discute-se, agora, o futuro da atração, que pode ter a morte de Frank Underwood e a centralização das atenções na esposa do personagem, Claire (Robin Wright), como soluções para a continuidade da séri

"Stranger Things" volta com segunda temporada grandiosa e divertida

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Diversão. Essa é a palavra que define e justifica a existência de "Stranger Things", uma das séries mais populares do catálogo do serviço de streaming Netflix. Despretensiosa desde o início, a trama das crianças que entram em contato com criaturas de um universo misterioso parece ter como proposta fundamental o entretenimento do espectador. E, se a diversão era o objetivo, ele foi atingido com louvor na segunda temporada da produção, lançada na sexta-feira (27). Após o primeiro contato com o Mundo Invertido e a volta de Will (Noah Schnapp), os novos episódios da série focam na vida dos personagens um ano depois, quando a vida dos moradores de Hawkings começa a voltar ao normal. Pelo menos, era nisso que eles acreditavam. A tranquilidade começa a sumir quando Will passa a sentir e ter visões com o Mundo Invertido, além de mostrar uma conexão com uma criatura misteriosa. Despertando a preocupação da mãe, Joyce (Winona Ryder), Will é levado para acompanhamento no labora

"Scandal" estreia última temporada mais focada em política e força da protagonista

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Desde o início, "Scandal" sempre apresentou tramas que giraram em torno do universo de Olivia Pope (Kerry Washington). Todos os seis anos anteriores parecem ter servido como uma "escala" para o momento atual da série, que começou a anunciada sétima e última temporada com um foco maior ainda nas ações da protagonista, agora a principal força de poder na Casa Branca. Como não poderia deixar de ser, a política ocupou o lugar das conspirações e planos de espionagem e, mesmo sempre estando presente, ganhou importância ainda maior. Agora como chefe de gabinete de Mellie (Bellamy Young), Olivia está disposta a provar que as diretrizes políticas dela são as que devem prevalecer em Washington. Em outras palavras: quer mostrar que ela dá as cartas. No primeiro episódio da nova temporada, todas as articulações da Casa Branca estão sendo feitas para aprovar, no Capitólio, um projeto que institui faculdade de graça para a população mais pobre do país. Para isso, Olivia nã

Repetição de fórmula e enredo fraco mostram que "Once Upon a Time" não deveria ter continuado

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No mundo das séries, uma pergunta sempre aparece: é melhor terminar por cima, com coerência, ou se prolongar em tramas desnecessárias, com possibilidade de desgaste? Antes do fim da sexta temporada de "Once Upon a Time", com o anúncio da saída da protagonista e de outros personagens importantes, a série passou por esse questionamento e os criadores da atração decidiram prosseguir com um novo arco narrativo. Ainda é cedo para um veredito definitivo, mas, a julgar pelo primeiro episódio do sétimo ano, a resposta para a questão deveria ter sido outra. Diante da anunciada saída de Jennifer Morrison e da "limpa" feita no elenco, para a renovação da história, o que se viu nos primeiros momentos da nova temporada foi apenas a repetição da fórmula que consagrou a série. Agora, no entanto, há uma diferença: um enredo extremamente frágil, que torna o recomeço ainda mais forçado e menos interessante. Anos depois de a maldição de Storybrooke ter sido quebrada, Henry Mill

"The Gifted" explora conflito dos mutantes melhor que todos os filmes dos X-Men

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O conflito entre mutantes e o resto da humanidade, que transmite mensagens sobre intolerância às diferenças, sempre foi a essência dos "X-Men". Curiosamente, o cinema nunca conseguiu explorar bem esse aspecto do enredo, reduzindo a história dos mutantes a meros filmes de heróis, nem tão bons assim, diga-se de passagem. Apenas do episódio de estreia, a série "The Gifted" não só expande esse universo para a televisão, como também busca a complexidade da trama ignorada pela sétima arte. A produção da série continua sendo da Fox, também responsável pelos filmes. A direção do primeiro episódio fica por conta de Bryan Singer, que capitaneou a maioria dos longas dos mutantes. Os pontos em comum com a série, no entanto, param por aí, além de citações do roteiro sobre a ausência do grupo do professor Charles Xavier. A trama de "The Gifted" se passa em uma época em que as leis estão mais rígidas e a intolerância da população em relação aos mutantes está mais

Quatro novas séries para prestar atenção e uma para esquecer que existe

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Entre os meses de setembro e outubro, a televisão norte-americana vive a Fall Season, temporada de estreia dedicada aos principais produtos dos canais. Geralmente, as maiores apostas das emissoras são reservadas para estrear nesse período, considerado o mais nobre para a indústria televisiva.  Como ainda é muito cedo para dar um veredito sobre o futuro dessas novas atrações, resolvi falar sobre as primeiras impressões de cinco novas séries que estrearam nos últimos dias. Quatro delas revelaram, nos primeiros episódios, tramas interessantes e que podem resultar em novas atrações para acompanhar. Como nem tudo é perfeito, logo no estreia, uma atração já dá sinais de que começou "com o pé esquerdo". Vamos a elas: PARA PRESTAR ATENÇÃO: 1) Law & Order: True Crime Querendo uma fatia na nova moda das antologias, a consagrada franquia "Law & Order" estreou uma série que se propõe a retratar crimes reais, que ocorreram nos Estados Unidos, algo semel

"Grey´s Anatomy" segue tentando retomar características que consagraram a série

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Depois de treze anos no ar e inúmeras reviravoltas para a trama, como a saída de importantes personagens, é difícil pensar para onde vai caminhar "Grey´s Anatomy" na décima quarta temporada. No episódio de estreia, exibido na quinta-feira (28), nos Estados Unidos, deu para perceber que a equipe da criadora Shonda Rhimes quer resgatar elementos perdidos ao longo do tempo e que fizeram a série ser uma das mais bem-sucedidas na televisão norte-americana. O drama clássico da série, banalizado em temporadas anteriores, dá sinais de uma volta mais intensa neste novo ano, especialmente relacionado ao conflito de Meredith (Ellen Pompeo) e a volta da esposa de Nathan (Martin Henderson), o interesse amoroso da protagonista após a traumática morte de Derek Shepherd (Patrick Dempsey). Depois de passar anos como refém em uma zona de guerra, no Oriente Médio, a mulher de Nathan, irmã de Owen Hunt (Kevin McKidd), é levada para o Grey Sloan Memorial Hospital para tratar de ferimentos.

"How to Get Away with Murder" foge do óbvio na estreia da quarta temporada

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Já virou um hábito vermos Annalise Keating (Viola Davis) e seus alunos de Direito envolvidos em um crime, geralmente um assassinato, nos inícios de temporadas. Mas, os criadores de "How to Get Away with Murder" resolveram fugir do óbvio e começaram o quarto ano da série mais focados nos dramas pessoais da protagonista e em algumas pontas soltas deixadas na temporada passada. Na estreia do novo ano, que ocorreu na quinta-feira (28), nos Estados Unidos, a advogada volta a ser Anna Mae para cuidar da mãe (Cicely Tyson), que está sofrendo de demência. Como sempre acontece no ambiente familiar, o espectador pode, então, entrar em contato com um lado mais frágil e humano da protagonista, que, além de lidar com a doença da matriarca da família, ainda precisa encarar problemas do passado e os traumas recentes causados pela morte de Wes (Alfred Enoch). Enquanto isso, os alunos de Annalise tentam retomar a vida após os acontecimentos traumáticos da terceira temporada. A mais afe

Nova versão de "DuckTales" revive clássico para novas gerações

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Desde que foi anunciada, a nova versão do clássico desenho "DuckTales", que recebeu o título de "Caçadores de Aventuras" aqui no Brasil, me despertou muita curiosidade. Afinal, como resgatar um sucesso do final dos anos 80 e início dos anos 90 para o público de hoje? Agora, com a estreia da animação nos Estados Unidos, produzida pelo canal Disney XD, a resposta parece óbvia: uma história divertida, bons personagens e uma "pitada" de atualidade. A nova versão do desenho ainda gira em torno de Tio Patinhas (voz de David Tennant, o Killgrave de "Jessica Jones") e sua busca por tesouros. Agora, no entanto, o roteiro procura dar mais detalhes sobre a origem dos sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho, deixados na mansão do pato mais rico do mundo enquanto o tio deles, o Pato Donald (na voz clássica de Tony Anselmo), procura por emprego. A origem pouco explorada do trio de sobrinhos do Tio Patinhas também ganha novos contornos com o mistério envolv

Oito boas séries indicadas ao Emmy 2017 para ver

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Todos os anos, a lista de indicados ao Emmy gera algum tipo de controvérsia e isso não foi diferente em 2017. Para a cerimônia do próximo domingo, a ausência mais sentida foi a de "Game of Thrones", cuja sétima temporada estreou fora do período em que as produções podem ser inscritas. Além disso, a série "Bates Motel" já pode ser apontada como a grande injustiçada do ano, já que não recebeu nenhuma indicação pela quinta e última temporada. Alguns também reclamam da ausência de "The Leftovers", também pela última temporada, mas confesso que essa eu não consegui assistir. Ainda há, é claro, as séries supervalorizadas, que receberam indicações e são festejadas demais, como "This is Us" e "Big Little Lies". Mas, também estão presentes, na lista de indicados, as boas séries do último ano, que formam uma lista bastante interessante e variada. Vamos ver oito delas: 1) THE HANDMAID´S TALE Baseada no romance de Margaret Atwood,

Ausência de protagonista marcante enfraquece terceira temporada de Narcos

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Desde que foi anunciada, a terceira temporada de "Narcos" sempre deixou dúvidas sobre o desenvolvimento da série sem a figura de Pablo Escobar (Wagner Moura), personagem central dos dois primeiros anos da série. Depois de assistir aos novos episódios, disponíveis no serviço de streaming Netflix, pude perceber que, em relação a qualidade, pouca coisa mudou. Há, no entanto, um elemento que a série ficou devendo: a presença de um bom protagonista. A história do terceiro ano de "Narcos" é retomada após a morte de Escobar, quando o Cartel de Cali assume o controle das operações do tráfico de drogas na Colômbia, que, por consequência, fornece cocaína para o mundo todo. Com o mercado sendo controlado pelos quatro Cavalheiros de Cali, como são conhecidos os chefões do tráfico, a polícia norte-americana se vê diante de uma nova operação. Ainda sentindo os reflexos das escolhas feitas na captura de Escobar, o agente Peña (Pedro Pascal) não mede esforços para colocar